quinta-feira, 7 de abril de 2011

Luta de classes

A luta de classes foi a denominação dada por Karl Marx, ideólogo do comunismo juntamente com Friedrich Engels, para designar o confronto entre o que consideravam os opressores (a burguesia) e os oprimidos (o proletariado), consideradas classes antagônicas e existentes no modo de produção capitalista. A luta de classes se expressa nos terrenos econômico, ideológico e político.
Assim como todas que a precederam, a sociedade capitalista burguesa dos nossos tempos não é "uma humanidade". É dividida em dois campos bem distintos, diferenciados socialmente por suas situações e funções, o proletariado (no sentido mais amplo da palavra), e a burguesia.
A sina do proletariado é, e tem sido há séculos, carregar o fardo de um trabalho físico e doloroso do qual provêem seus frutos, não para eles, no entanto, mas sim para outra classe privilegiada que possui propriedade, autoridade e os produtos culturais (ciência, educação, arte): a burguesia. A escravidão e exploração social das massas trabalhadoras formam a base na qual se ergue a sociedade moderna, sem a qual esta sociedade não poderia existir.
Isto gerou uma luta de classe, por vezes, assumindo um caráter aberto e violento, e, por outras, um semblante de progresso vagaroso e inatingível, que reflete carências, necessidades e o conceito de justiça dos trabalhadores.
No domínio social, toda história humana representa uma corrente ininterrupta de lutas realizadas pelas massas trabalhadoras pelos seus direitos, liberdade e uma vida melhor. Na história da sociedade humana esta luta de classe tem sido sempre o fator primário que determinou a forma e estrutura destas sociedades.
O regime social e político de todos os estados está acima de todo e qualquer produto da luta de classe. A estrutura fundamental de qualquer sociedade nos mostra o estágio no qual a luta de classe tem gravitado e deve ser encontrada. A mínima mudança no curso das batalhas de classes, nas posições relativas nas quais
se encontram as forças da luta de classe, produz modificações contínuas no tecido e na estrutura da sociedade.
Tal é o geral e universal âmbito e significado da luta de classe na vida das sociedades de classes.

Darwinismo Social

Darwinismo social é a tentativa de se aplicar o darwinismo nas sociedades humanas.
O termo foi popularizado em 1944 pelo historiador americano Richard Hofstadter e, geralmente, tem sido usado mais por críticos do que por defensores do que o termo supostamente representa.
O Darwinismo Social foi empregado para tentar explicar a pobreza pós-revolução industrial, sugerindo que os que estavam pobres eram os menos aptos (segundo interpretação da época da teoria de Darwin) e os mais ricos que evoluíram economicamente seriam os mais aptos a sobreviver por isso os mais evoluídos. Durante o século XIX as potências européias também usaram o Darwinismo Social como justificativa para o Imperialismo capitalista.
O darwinismo social no Brasil
Nas últimas décadas do século XIX, em nosso país, muitos intelectuais e pensadores, tais como Nina Rodrigues e Sílvio Romero, acabaram por adotar a tese da existência de uma raça superior. Defendiam o branqueamento da população como uma forma de superar a mistura de “cores” que caracteriza o povo brasileiro. A aplicação prática dessa concepção se traduziu no incentivo à imigração maciça de trabalhadores europeus (italianos, alemães, espanhóis, poloneses, ucranianos), que, ao longo do tempo, branqueariam a sociedade do país.
Mais tarde, já no século XX, esse pensamento perdeu força e a mistura de raças passou a ser vista como algo benéfico. Foi nesse momento, por exemplo, que o samba, o violão, o frevo e a capoeira deixaram de ser criminalizados e marginalizados no Brasil, passando a ser aceitos em setores sociais mais elitizados.